ColunasEducaçãoRefugiados indígenas Warao reconstroem suas vidas em Brasília

Refugiados indígenas Warao reconstroem suas vidas em Brasília

A comunidade indígena Warao Coromoto, composta por 46 famílias venezuelanas, encontrou em Brasília a oportunidade de recomeçar suas vidas após a dura realidade da crise em seu país de origem. Acolhidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF), os Warao residem em dez casas construídas em parceria com o ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados.

Do desespero à esperança:

A história da comunidade Warao em Brasília é marcada por resiliência e superação. Vindos da Venezuela, onde enfrentavam extrema pobreza, fome e violência, os Warao chegaram ao Brasil em busca de um futuro melhor. “Lá na Venezuela não dava mais para ficar”, relata o cacique Miguel Antônio Quijada, líder da comunidade. “Aqui, em Brasília, fomos acolhidos com carinho e estamos muito agradecidos ao governo do DF.”

Educação como chave para o futuro:

Um dos pilares da reconstrução da comunidade Warao é a educação. Pela primeira vez, todas as crianças e jovens da comunidade estão matriculados na Escola Classe Café Sem Troco. A escola se adaptou para atender às necessidades dos alunos, contando com uma professora bilíngue, intérprete de libras e educadores sociais voluntários da própria comunidade.

Ensino inclusivo e intercultural:

A escola oferece aulas de português, espanhol, warao e libras para promover a inclusão dos alunos Warao. Os alunos brasileiros também aprendem espanhol e libras para facilitar a comunicação. “A nossa primeira grande conquista foi conseguir matricular todas as crianças e jovens da comunidade em uma instituição de ensino”, relata o cacique Quijada. “Para nós, não há maior compromisso no mundo do que garantir a entrada deles na educação.”

Superando desafios:

O processo de aprendizagem não é fácil para os alunos Warao, que nunca frequentaram

 uma escola antes. No entanto, a dedicação e o entusiasmo são evidentes. “Eu quero logo saber escrever e ler porque eu quero ensinar a minha família também”, afirma Josesu Pacheco Rojos, 13 anos.

Transformação de vidas:

A professora Maria Janerrandra Fogaça, responsável pela turma Warao, testemunha a transformação na vida dos alunos: “Eles são os nossos filhos. Eu sou apaixonada por todos. A realidade deles, quando chegaram aqui, me tocou muito. É Deus que nos capacita para essa posição e eu sou muito orgulhosa em ser a responsável pela mudança de vida deles.”

Um futuro promissor:

A história da comunidade Warao em Brasília é um exemplo de esperança e superação. Através da educação e do apoio social, a comunidade constrói um futuro melhor para as novas gerações, demonstrando que a acolhida e a integração de refugiados são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

*Com informações da SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

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