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Criança com deficiência recebe atenção especial em rede pública do DF

No dia 9 de dezembro, a atenção se volta para o universo das crianças com deficiência, destacando sua inclusão na sociedade, o direito a testes desde o nascimento e seu desenvolvimento ao longo da vida. No Distrito Federal, a população pode contar com a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPCD), que coordena o atendimento em diversos níveis, incluindo unidades básicas de saúde (UBS), ambulatórios e hospitais.

A coordenadora suplente da RCPCD, Aline Couto César, destaca que “o direito à habilitação e à reabilitação das crianças com deficiência visa desenvolver suas potencialidades, trabalhar a capacidade funcional máxima possível e promover a evolução da autonomia e habilidades.”

A assistência na rede pública é centrada em ações preventivas e na detecção precoce de deficiências em fases como pré-natal, peri e pós-natal, e infância. Logo após o nascimento, o bebê passa por vários testes, como Pezinho, Orelhinha e Olhinho. O acompanhamento ao longo da vida é feito nas UBSs, onde é possível identificar características ou alterações na criança e encaminhá-la ao especialista apropriado.

Em outubro deste ano, as secretarias de Saúde e da Pessoa com Deficiência (SEPD) distribuíram 132 cadeiras de rodas infantis, reduzindo significativamente a fila de espera. A previsão é entregar mais mil em 2024. Além disso, a RCPCD do DF oferece cuidado integral à saúde da criança com deficiência, com uma equipe multiprofissional e uma ampla gama de serviços, incluindo Centros Especializados em Reabilitação (CERs), Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), Oficinas Ortopédicas, Ambulatórios de saúde funcional e de estomias, CrisDown (Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down), hospitais com leitos de reabilitação e de cuidados prolongados, atendimentos domiciliares, unidades de urgência e emergência.

No que diz respeito à deficiência auditiva infantil, em 2022, 35,4 mil bebês nasceram vivos nos hospitais regionais do DF. Todos tiveram acesso à Triagem Auditiva Neonatal, oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A triagem auditiva consiste em exames não invasivos e indolores para verificar a função auditiva. Em casos de suspeita de perda auditiva, os bebês são encaminhados a serviços especializados com alta prioridade. A intervenção para concessão de aparelho auditivo, estimulação auditiva e, se necessário, implante coclear, é realizada conforme orientação médica.

Até setembro deste ano, foram realizados mais de 16 mil exames, 216 avaliações auditivas e concedidos 147 Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI) para essa faixa etária. Os testes oferecidos pelas maternidades são cruciais para identificar alterações e procedimentos adequados para diversas áreas do corpo do bebê, evitando impactos no desenvolvimento acadêmico, emocional e social, assim como nas futuras inserções no mercado de trabalho e na vida adulta.

A Rede do DF também conta com o CrisDown, no Hran, uma referência nacional no tratamento de pessoas com a síndrome de Down. Ao longo de uma década, a unidade atendeu mais de duas mil famílias, proporcionando assistência especializada através de uma equipe composta por médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiras e fonoaudiólogas. O atendimento é realizado mediante agendamento pelo número de WhatsApp (61) 9 9448 0691, todas as sextas-feiras.

Fonte: Agência Brasília

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