ColunasLivrosLivro conta histórias de mulheres atendidas pelo CRAS Riacho Fundo II

Livro conta histórias de mulheres atendidas pelo CRAS Riacho Fundo II

Estudantes do curso de psicologia da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Riacho Fundo II, lançaram nesta sexta-feira (15) o livro Senta que lá Vem História, no Instituto de Psicologia da UnB. A obra traz relatos de vida de mulheres acima dos 50 anos de idade, frequentadoras da unidade socioassistencial onde o projeto ocorre desde maio.

O livro de 21 páginas é resultado do trabalho realizado pelo grupo de extensão chamado Potencialidades 50+, composto por estudantes da UnB e por servidores do Cras. Ao longo de sete meses, a equipe escutou as histórias dessas mulheres em encontros quinzenais. A proposta dos encontros, também chamados de “Espaço Criativo das Poderosas”, era fortalecer os vínculos entre as moradoras do Riacho Fundo II. A ideia foi possibilitar um lugar de troca sobre vivências das participantes, guiado pelo mote “O que vem sendo feito para e com aqueles que vivenciam a velhice?”

Edna Maria Pereira Santos, dona de casa, declarou: “Foi uma experiência maravilhosa os nossos encontros. Quero continuar a manter contato, porque somos mulheres lindas e poderosas”

A psicóloga do Cras Riacho Fundo II, Natália Veloso Holanda, explica que o tema dos encontros eram todos planejados de acordo com as necessidades das participantes. “A gente perguntava sobre o que essas mulheres queriam conversar mais, do que precisavam, e que tipo de serviço elas achavam que faltava no território. A partir disso, o tema era levado para a reunião de planejamento e, no encontro seguinte, discutíamos o assunto proposto com as mulheres”, explicou a servidora, que esteve à frente do projeto.

Integrante do projeto de extensão, a estudante de psicologia da UnB Mariana da Cruz, 22 anos, diz que a proposta foi essencial para fortalecer o seu vínculo com o território onde mora, no Riacho Fundo II. “Eu não tinha essa relação de pertencimento com o lugar e as pessoas. Durante o trabalho com o grupo, me senti em um duplo papel, o de moradora e extensionista. O projeto foi muito significativo não apenas na parte acadêmica, mas também pessoal”, declarou.

A dona de casa Maria Joana Silva Dias contou sua relação com a equipe: “Estar aqui hoje, no lançamento do livro, é muito importante para mim. Me dá força para conquistar novos objetivos de vida”

Natural do Maranhão, a dona de casa Maria Joana Silva Dias, 55 anos, é uma das mulheres participantes da iniciativa. Ela contou sua relação com a equipe: “Estar aqui hoje, no lançamento do livro, é muito importante para mim. Me dá força para conquistar novos objetivos de vida”. Maria trabalhou em diversas áreas ao longo da vida e encontrou no Cras a oportunidade para ter a garantia de direito a serviços, benefícios, programas e projetos socioassistenciais no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (Suas).

Para a dona de casa Edna Maria Pereira Santos, 63 anos, a experiência de integrar o grupo é determinante para a criação de vínculo comunitário. “Foi uma experiência maravilhosa os nossos encontros. Quero continuar a manter contato, porque somos mulheres lindas e poderosas”, declarou.

A orientação acadêmica do grupo de extensão foi realizada pelos professores do Instituto de Psicologia da UnB, Cláudia Alves e Pedro Henrique Antunes da Costa. “Para a universidade, a parceria junto ao Cras é uma construção importantíssima não só para a formação, mas também para o fortalecimento do curso de psicologia enquanto uma proposta formativa de profissionais”, disse a professora Cláudia Alves.

A secretária adjunta de Desenvolvimento Social, Renata Marinho, reforça que o Cras também desempenha, além de outras unidades socioassistenciais, um papel crucial no fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. “Por meio de programas e atividades pensados com cuidado, é proporcionado um ambiente de diálogo, troca de experiências e fortalecimento dos laços afetivos. Sabemos que comunidades unidas são mais resilientes e capazes de superar desafios”, declarou a gestora.

Fonte: Agência Brasília

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