Muitos assuntos referentes ao universo feminino ainda são cercados de tabus. Quando falamos no fim da menstruação, as pessoas ainda têm uma certa desinformação sobre o assunto, que é uma fase natural, marcada por mudanças hormonais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há aproximadamente 29 milhões entre o climatério e menopausa no Brasil, representando 27,9% da população feminina do país.
De acordo com a revista científica Climateric, a irregularidade menstrual geralmente começa em média aos 48 anos. Além disso, 73,1% das mulheres relatam sinais como ondas de calor durante o período de transição, e esse número sobe para 78,4% na fase posterior. Pensando nisso, a Dra. Mirelle José Ruivo, médica ginecologista e obstetra especialista em cirurgia íntima feminina e CEO da Mulherez, a primeira rede de franchising dedicada a cirurgia e rejuvenescimento íntimo, desmistifica e responde às principais dúvidas sobre esse período, confira:
Por que acontece?
“Temos que ter em mente que é um ciclo feminino normal, que devido à diminuição natural da produção de hormônios pelos ovários, especialmente estrogênio e progesterona. Geralmente, isso acontece entre partir dos 45 anos, marcando o fim dos ciclos menstruais e da capacidade reprodutiva. Com o tempo, os ovários liberam menos óvulos e se tornam menos sensíveis aos hormônios que os estimulam, resultando em irregularidades menstruais até a interrupção total”, explica a ginecologista.
Além disso, ela pode ocorrer precocemente, causada por fatores como genética, doenças autoimunes ou tratamentos médicos como quimioterapia ou remoção dos ovários.
Quais os principais sintomas?
“Irregularidades menstruais, como períodos mais curtos ou longos. Também experienciam ondas de calor, que são sensações súbitas, especialmente à noite. Alterações de humor, como ansiedade, irritabilidade ou depressão, podem se tornar mais comuns. Dificuldades de sono, como insônia ou sono interrompido, também são frequentes, assim como modificações na libido, que podem resultar em variações no desejo sexual”, relata Mirelle.
Ela também ressalta pontos importantes, oferecendo 0que podem ser incorporadas ao dia a dia para melhorar o bem-estar.
- Alimentação equilibrada: inclua frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras na dieta. Beba bastante água e mantenha-se hidratada.
- Exercícios regulares: atividades físicas ajudam a manter o peso, melhorar o humor e fortalecer os músculos.
- Suporte emocional: converse com amigos, familiares ou profissionais para lidar com mudanças emocionais.
- Consulte seu médico de confiança: manter avaliações regulares e acompanhamento é imprescindível para gerenciar e considerar opções de tratamento.
- Dormir: desenvolva bons hábitos de sono, estabeleça horários regulares, evitando indisposição e baixa produtividade.
A médica ressalta que a vida não deve parar por conta disso. É importante continuar aproveitando as oportunidades e cuidando de si mesma durante essa fase.
Como manter a relação sexual ativa?
“Após os 40 anos, é ideal garantir uma boa lubrificação vaginal, evitando assim a dor durante as relações sexuais. Nesse contexto, tratamentos como o laser íntimo se mostram muito eficazes. É indolor, não causa queimaduras, cortes ou sangramentos, proporcionando conforto à paciente. Com ele, é possível recuperá-la, assim como a elasticidade do canal vaginal, permitindo o ato sexual sem dor e promovendo o retorno da libido”, finaliza a ginecologista.