A violência contra a mulher assume diversas formas: psicológica, verbal, patrimonial e física, todas igualmente abomináveis. No esforço de combater essas agressões e o feminicídio, a Secretaria de Saúde (SES-DF) está empenhada em fortalecer o atendimento na rede e capacitar os profissionais que lidam com as vítimas. O objetivo primordial é agilizar a identificação e notificação dos casos, visando uma resposta mais rápida e eficaz.
Em todo o Distrito Federal, espaços de acolhimento para mulheres podem ser encontrados nas 17 unidades do Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav). Estes locais desempenham um papel fundamental ao oferecer assistência imediata e especializada, com uma equipe multiprofissional preparada para lidar com as demandas específicas das vítimas.
O aumento no número de notificações, conforme os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), permite uma maior visibilidade das ocorrências, possibilitando análises e ações de intervenção mais efetivas. Entre 2014 e 2023, mais de 62 mil casos de violência contra a mulher foram registrados no Distrito Federal, destacando a urgência de medidas para enfrentar essa realidade alarmante.
A rapidez no acolhimento é enfatizada pela diretora da Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer. Ela ressalta a importância de capacitar os profissionais para identificar os casos e proporcionar às mulheres o suporte necessário para sair do ciclo de violência. A informação é crucial para prevenir agressões futuras, pois saber onde buscar ajuda pode ser o primeiro passo para romper com o ciclo de violência.
No entanto, a batalha contra a violência não é apenas uma questão de assistência médica, mas também envolve todo o sistema de justiça. As delegacias de atendimento especial à mulher (Deams) oferecem atendimento especializado 24 horas por dia, proporcionando um ponto de entrada importante para as mulheres em situação de violência. A denúncia é um passo crucial para interromper o ciclo de abuso e garantir a segurança das vítimas.
Nesse cenário desafiador, histórias como a de Bárbara, uma mulher que encontrou apoio no Cepav após décadas de abuso, são exemplos inspiradores de resiliência e superação. O caminho para romper com a violência pode ser difícil, mas com o apoio adequado e a determinação, é possível construir uma vida livre do medo e da opressão. Ações coordenadas entre saúde, justiça e sociedade civil são essenciais para criar um ambiente seguro e acolhedor para todas as mulheres.
*Com informações da Secretaria de Saúde