Distrito FederalSaúdeCuidados com a saúde mental materna ganham destaque com o Maio Furta-Cor

Cuidados com a saúde mental materna ganham destaque com o Maio Furta-Cor

Recuperação do parto. Vacinar as crianças. Cuidar dos casos de viroses. Acompanhar o desenvolvimento dos pequenos. São muitos os motivos que levam mulheres a buscarem serviços de saúde quando têm filhos pequenos. Ainda assim, muitas vezes, acabam deixando de lado outro aspecto importante: a própria saúde mental. A saúde mental materna é o tema da campanha Maio Furta-Cor, lembrado hoje (19) durante uma caminhada no Eixão Norte organizada para dar visibilidade ao tema.

A psicóloga Caroline Leão, da SES-DF, alerta para a maior vulnerabilidade das mulheres a quadros de saúde mental da gestação até um ano de vida da criança. Foto: Reprodução

“Os sintomas da exaustão materna se confundem muito com os sintomas de depressão. A própria mulher pode não perceber que está passando por um processo depressivo”, explica a psicóloga Carolina Leão, psicóloga servidora da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Ela destaca a importância da família e de profissionais de saúde para o cuidado integral com as mães. “Da gestação até o primeiro ano de vida do bebê, a mulher está dez vezes mais suscetível a ser acometida por um quadro de saúde mental”, lembra. Uma a cada quatro mulheres, em média, têm depressão pós-parto.

O encontro também serviu como comemoração da Lei 7.163, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha em julho do ano passado, que instituiu o Maio Furta-Cor como parte do calendário oficial de eventos do Distrito Federal. “É uma divulgação ampla para a sociedade desse movimento, chamando a atenção para a saúde mental materna”, acrescenta a representante do movimento Maio Furta-Cor em Brasília, Magali Melo.

A caminhada também contou com a participação da banda Insana de alunos do curso de medicina da Universidade de Brasília.

Atendimento

 

Na rede pública, a prevenção e o cuidado se iniciam na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, com a realização do pré-natal. Neste momento, são identificadas as gestantes que apresentem alterações psíquicas ao longo da gestação, assim como fatores de risco. Em casos necessários, as gestantes são encaminhadas às policlínicas e Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

Além disso, há um ambulatório de saúde mental perinatal de referência no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), destinado às gestantes e mães com transtornos mentais mais graves.

A psicóloga Aline Vidal, 45, participou da caminhada com os filhos Júlia, 11, e Gustavo, 7. Ela conta que a saúde mental materna nem era debatida quando foi mãe. Foto: Reprodução

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