“A procura pela vacina foi boa nos primeiros dias da campanha, porém, diminuiu ao longo do tempo, resultando em apenas 13,1% das crianças de 10 a 11 anos vacinadas”, afirmou Santos. “Após consultas com o Ministério da Saúde e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Goiás, todos concordaram que a ampliação da faixa etária é a melhor estratégia para proteger mais crianças e adolescentes em todo o estado.”
A importância da vacinação contra a dengue foi destacada pelos pediatras do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). O diretor técnico da unidade, André Resende, explicou que as internações por dengue são mais frequentes em crianças e adolescentes, sendo o segundo grupo mais afetado após os idosos.
Resende ressaltou: “O principal fator de risco para a forma grave da doença é a segunda infecção. Em regiões como Goiás, com alta transmissão de dengue, essa segunda infecção ocorre nessa faixa etária, que já teve contato com o vírus na infância.”
A pediatra Maysa Carvalho acrescentou: “É fundamental que os pais compreendam que a Qdenga é uma vacina segura, proporcionando imunização contra os quatro sorotipos do vírus da dengue por cerca de quatro anos.”
Até o momento, a Secretaria de Saúde recebeu 158.518 doses da Qdenga, distribuídas para 134 municípios em Goiás.
O Hecad registrou um aumento significativo nos atendimentos a crianças e adolescentes com dengue este ano, com um aumento de 110% em comparação aos primeiros dois meses do ano passado. Em janeiro e fevereiro de 2023, foram realizados 62 atendimentos e duas internações, enquanto neste ano já foram realizados 131 atendimentos e 32 internações.
*Com informações do Governo de Goiás