Os acumuladores são pessoas que enfrentam uma condição conhecida como transtorno de acumulação, caracterizada pela dificuldade em descartar objetos, mesmo aqueles que não possuem mais utilidade. Esse comportamento pode levar ao acúmulo de grandes quantidades de itens em casa, que vão desde móveis e roupas até eletrodomésticos quebrados e materiais recicláveis. Essa condição, muitas vezes associada a questões emocionais profundas, pode colocar a saúde e o bem-estar dos acumuladores e de seus vizinhos em risco, especialmente quando os itens acumulados começam a atrair pragas como baratas e roedores, aumentando o risco de doenças.
No caso recente no Cruzeiro, uma operação conjunta foi realizada pela Administração Regional, em parceria com a Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival) da Secretaria de Saúde, para intervir em um apartamento onde o problema de acúmulo atingiu níveis críticos. Foram necessários oito caminhões para remover 30 toneladas de resíduos, incluindo restos de móveis, roupas, eletrodomésticos e latinhas. A situação apresentava sérios riscos à saúde pública devido à presença de focos de infestação de baratas e roedores, que ameaçavam tanto a moradora quanto seus vizinhos.
Gustavo Aires, administrador do Cruzeiro, destacou a importância desse tipo de intervenção, que vai além da remoção física dos objetos. Ele elogiou o trabalho humanizado dos agentes, que atuam com sensibilidade e cuidado ao lidar com as necessidades emocionais da moradora, uma acumuladora que necessita de apoio psicológico e social.
A ação no Cruzeiro ilustra a relevância de um olhar integral sobre o bem-estar dos acumuladores, que inclui tanto a saúde física quanto o suporte psicológico. Esse caso reforça o compromisso da Administração Regional do Cruzeiro e da Dival em monitorar a situação, buscando prevenir novos riscos à saúde e oferecer uma rede de apoio contínua para a moradora e para a comunidade. Essa abordagem integrada é essencial para ajudar os acumuladores a superarem suas dificuldades, promovendo uma vida mais segura e saudável para todos.
*Com informações da Agência Brasília