O Governo do Distrito Federal (GDF) oficializou, na última terça-feira (15), a concessão da Rodoviária do Plano Piloto à iniciativa privada. A gestão do local será assumida pelo Consórcio Catedral, composto pelas empresas RZK Concessões e Atlântica Construções, Comércio e Serviços Ltda., por um período de 20 anos. Durante esse tempo, o consórcio prevê um investimento total de R$ 120 milhões, com foco em melhorias na infraestrutura, segurança, limpeza e modernização do complexo.
A área concedida inclui toda a estrutura da rodoviária e os estacionamentos próximos ao Conjunto Nacional e ao Conic, que passarão a funcionar no sistema rotativo. Segundo o governador Ibaneis Rocha, a concessão faz parte de uma estratégia de revitalização de espaços públicos, semelhante a outras iniciativas bem-sucedidas, como as concessões do Aeroporto de Brasília e da Companhia Energética de Brasília (CEB). “A Rodoviária tem um grande potencial para se tornar um verdadeiro centro comercial a céu aberto, sendo um ponto de passagem para mais de 600 mil pessoas diariamente”, destacou o governador.
O contrato estabelece que, apesar das reformas e melhorias, a tarifa do transporte público permanecerá inalterada. Além disso, os permissionários que já possuem estabelecimentos na rodoviária terão prioridade para manter seus negócios. Outro ponto importante é que a arquitetura original da Rodoviária do Plano Piloto será preservada, garantindo a continuidade da circulação de pessoas sem cercamentos ou alterações que comprometam a acessibilidade.
O secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, destacou que a concessão permitirá que o governo redirecione recursos para outras áreas prioritárias, enquanto a gestão do espaço passa a ser responsabilidade do setor privado. “A ideia é que a iniciativa privada assuma a gestão e traga modernizações que melhorem a qualidade dos serviços oferecidos à população”, afirmou. Entre as melhorias previstas, estão a modernização dos banheiros, escadas rolantes, elevadores e a garantia de maior segurança e higienização.
As reformas serão realizadas de forma a minimizar o impacto sobre os usuários, sendo concentradas, sempre que possível, em horários de menor fluxo. Além disso, um comitê de transição, composto por representantes do GDF e do consórcio, foi formado para definir as prioridades das obras nos próximos meses.
A privatização da Rodoviária do Plano Piloto foi aprovada pela Lei Distrital nº 7.358/2023 e passou por uma série de debates públicos e avaliações de órgãos como o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), além de receber a aprovação do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan).
Com a concessão, o Consórcio Catedral terá a responsabilidade de transformar a rodoviária em um espaço mais moderno e funcional, preservando seu valor histórico e arquitetônico, enquanto oferece à população um ambiente mais seguro e organizado.
*Com informações da Agência Brasília