Na manhã desta quinta-feira (16), o delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Mikhail Rocha e Menezes, de 46 anos, foi preso após cometer uma série de ataques que resultaram em três mulheres baleadas. O caso teve início no condomínio Santa Mônica, no Jardim Botânico, onde ele disparou contra sua esposa, Andréa Rodrigues Machado e Menezes, de 40 anos, e a empregada doméstica, Oscelina Moura Neves de Oliveira, de 45 anos. Posteriormente, o delegado se dirigiu ao Hospital Brasília, no Lago Sul, onde atirou em uma enfermeira, Priscila Pessôa Rodrigues, de 45 anos.
Dinâmica dos fatos
O delegado teria começado os ataques em sua residência, onde a esposa e a empregada foram atingidas. Após os disparos, Mikhail pegou seu filho de 7 anos, que estava ferido por estilhaços, e o levou ao Hospital Brasília em busca de atendimento médico. No hospital, irritado com a demora no atendimento prioritário, disparou contra a enfermeira Priscila, atingindo-a próximo ao pescoço.
Após o ataque no hospital, Mikhail fugiu com o filho, mas foi localizado e preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na QI 23 do Lago Sul. A operação contou com o apoio de oito viaturas, sendo quatro da PMDF e quatro da PCDF. Ele foi conduzido à Corregedoria da Polícia Civil e, devido a um aparente surto, não prestou depoimento imediatamente.
Estado das vítimas
As três vítimas foram hospitalizadas. Andréa e Oscelina foram encaminhadas ao Hospital de Base (HBDF) em estado grave, enquanto Priscila passou por cirurgia para retirada de fragmentos do projétil, que atingiram sua coluna. A enfermeira estava estável, sob avaliação de um neurocirurgião.
Histórico e investigação
Mikhail, delegado lotado na 30ª Delegacia de Polícia em São Sebastião, estava afastado de suas funções há 30 dias e havia apresentado um atestado médico dois dias antes do ataque. A Corregedoria da PCDF apura o caso, enquanto a instituição lamentou os fatos e expressou solidariedade às vítimas e suas famílias.
Nota oficial do Hospital Brasília
Em comunicado, o hospital afirmou que as atividades seguem sem prejuízo aos pacientes e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
O caso segue em investigação, e a sociedade aguarda por justiça para as vítimas desse trágico episódio.