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Dengue não tira férias: Estratégias para manter a casa protegida no período de viagens

O fim do ano chegou e, com ele, as férias. Enquanto buscamos relaxar e aproveitar momentos de lazer, a prevenção contra a dengue se torna ainda mais importante. As altas temperaturas e o início da época chuvosa em dezembro criam condições propícias à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Para garantir uma viagem tranquila e livre de preocupações, é essencial adotar medidas preventivas eficazes que mantenham a casa protegida.

“Todo pequeno recipiente pode virar um criadouro de larvas de mosquito. Esse período em que há chuva e sol é o momento mais propício para as fêmeas depositarem seus ovos. Em até sete dias, ou até um pouco antes, já temos mosquitos adultos”, alerta a chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), Cristina Soares Campelo.

Antes de sair de casa, é fundamental verificar cuidadosamente todos os possíveis focos de reprodução do mosquito, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água (vasos de plantas, pneus, garrafas e caixas d’água mal vedadas). Outra medida preventiva é esvaziar e lavar os bebedouros de animais de estimação, evitando o acúmulo de água parada, além de certificar-se de que as calhas estejam limpas e desobstruídas, permitindo o escoamento adequado da água da chuva.

Antes de viajar, atente-se a todos os recipientes que possam acumular água, como vasos de plantas, pneus, garrafas, caixas d’água mal vedadas e piscinas. Foto: Reprodução

Mesmo em ausências curtas, Campelo ressalta que os cuidados não podem ser negligenciados. “Você pensa: ‘Ah, em uma semana eu volto’. Esse período pode significar o desenvolvimento de uma população completa de mosquitos adultos. Cada um deles têm a capacidade de voar entre 500 metros e um quilômetro por dia. Isso significa que, se uma casa se torna um foco gerador do Aedes aegypti, ela passa a ter o potencial de transmitir dengue para toda uma rua”, explica.

Vale ressaltar que piscinas e reservatórios maiores não podem ficar de fora da lista de checagem. Caso não seja possível esvaziá-los, recomenda-se o uso de produtos larvicidas e entrar em contato com o profissional responsável pela manutenção da piscina, solicitando atenção redobrada e reforço no uso de cloro. É recomendado ainda cobrir a piscina com lona e verificar se há elevações ou afundamentos que possam acumular água, já que também servem de criadouro.

Prevenção coletiva

Equipes de agentes de saúde realizam vistorias nas residências, orientam os moradores sobre as medidas preventivas, identificam e eliminam possíveis focos de reprodução do mosquito. Foto: Reprodução

Somadas às ações individuais, a Secretaria de Saúde (SES-DF) tem desenvolvido iniciativas para combater a doença. A pasta busca informar a população sobre os riscos do mosquito e a importância da prevenção. Para tanto, equipes de agentes de saúde realizam vistorias nas residências, orientam os moradores sobre as medidas preventivas, identificam e eliminam possíveis focos de reprodução do mosquito.

A SES-DF também realiza a aplicação do inseticida de ultrabaixo volume (UBV), conhecido popularmente como “fumacê”. A prática ocorre em horários específicos, das 5h às 7h e das 16h às 19h, acompanhando os hábitos do mosquito, que, pela manhã, ao nascer do sol, sai para se aquecer e depois volta à casa dos moradores. À tarde, sai para reproduzir.

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