Com o início do período chuvoso no Distrito Federal, é crucial redobrar a atenção em relação aos potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, que se reproduz em recipientes com água parada. Com o aumento da possibilidade de disseminação da doença, a população deve estar alerta aos sintomas, pois complicações podem acarretar sérias consequências.
A dengue, uma arbovirose urbana transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), e atualmente não existem medicamentos específicos para o vírus. A prevenção, por meio da eliminação de locais propícios à reprodução do mosquito, é a melhor forma de combate, mantendo os ambientes sempre limpos e livres de acúmulos de água.
Embora os sintomas da dengue se assemelhem aos de gripes e resfriados, o médico de família e comunidade da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fernando Aires, destaca que a intensidade de cada um é a principal diferença. A dengue se destaca por febre abrupta, dores musculares intensas e a possibilidade de evolução para complicações graves, menos comuns em outras viroses.
Até a última semana de 2023, foram notificados 52.864 casos suspeitos de dengue, com 40.934 considerados prováveis. Ceilândia liderou as Regiões Administrativas (RAs) com o maior número de casos prováveis (5.280), seguida por Samambaia (3.518), Recanto das Emas (2.566), Brazlândia (2.545) e Taguatinga (2.169), concentrando 41,7% dos casos prováveis no DF.
Os sintomas da dengue incluem febre alta, dores no corpo, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. Em caso de febre, especialmente em áreas com alto índice de casos, é essencial procurar uma unidade de saúde e buscar orientação médica.
Quando a doença apresenta sinais de alarme, como fortes dores abdominais, vômitos persistentes, sangramentos e tonturas, é crucial buscar atendimento imediato. Grávidas, crianças, idosos e indivíduos com doenças crônicas têm maior risco de complicações. O tratamento para a dengue inclui hidratação adequada, analgésicos e repouso, sob acompanhamento médico. Não é recomendado automedicar-se, especialmente com substâncias que possam piorar o quadro.
Em casos leves, a dengue geralmente tem cura espontânea após cerca de 10 dias. O atendimento deve ser buscado em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para casos menos graves e em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Hospitais Regionais para situações mais graves, com sinais de alarme.
*Com informações da SESDF