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DF é certificado pela Opas/OMS pela eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis

O Distrito Federal foi oficialmente certificado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) por eliminar a transmissão vertical da sífilis e do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Os selos reconhecem boas práticas no combate a essas infecções quando transmitidas da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou o aleitamento.

O reconhecimento, recebido neste mês, concedeu ao DF o Selo Prata pela eliminação da transmissão do HIV e o Selo Bronze pela da sífilis. “Essa certificação legitima um esforço coletivo da Secretaria de Saúde [SES-DF], que envolve desde a busca ativa até o suporte especializado nas maternidades”, afirma a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da pasta, Beatriz Maciel.

Segundo a gestora, os selos demonstram que a capital consolidou um fluxo de cuidado robusto, garantindo diagnóstico precoce e tratamento ininterrupto. “Nosso foco, agora, é avançar ainda mais nos indicadores para assegurar que nenhuma criança nasça com infecções que podem ser evitadas com um pré-natal de qualidade. Este é a ferramenta mais poderosa para garantir mães e bebês saudáveis, livres do HIV e da sífilis, por exemplo”, destaca Maciel.

Critérios de excelência

Para receber os selos, o sistema de saúde deve comprovar taxa de transmissão vertical do HIV inferior a 2% e incidência em crianças menor que 0,5 caso por mil nascidos vivos. Além disso, é necessário alcançar mais de 95% de cobertura de exames de pré-natal e de oferta de tratamento antirretroviral.

Quatro décadas após o primeiro registro nacional da aids, o Brasil alcança um marco histórico em sua trajetória, conforme indica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha: “Somos o maior país do mundo a eliminar a transmissão vertical do HIV. Os avanços que celebramos refletem uma construção coletiva, nacional e global, que consolidou o acesso gratuito à terapia antirretroviral e às estratégias modernas de prevenção”, avalia.

Conjuntura nacional 

O processo de certificação brasileiro teve início em junho de 2025, com a apresentação de relatórios técnicos à Opas/OMS. Os dados nacionais mostram um cenário otimista: entre 2023 e 2024, houve queda de 13% nos óbitos por aids no país, atingindo o menor patamar em três décadas.

No DF, esse avanço se reflete na ampliação do acesso a ferramentas como as profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP) ao HIV, além da distribuição de testes rápidos.

Fonte: Agência Brasília

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