Para aprimorar o atendimento às pacientes obstétricas do Distrito Federal, a Secretaria de Saúde (SES-DF) realizou, um simpósio na última sexta-feira (24) para discutir o Protocolo de Atenção à Saúde e Segurança do Paciente: Prevenção de Deterioração Clínica em Serviços Obstétricos. O curso teve como objetivo capacitar equipes de enfermagem na detecção e resposta rápida a sinais de agravamento clínico em gestantes, parturientes e puérperas internadas nos serviços obstétricos da rede SES-DF, visando reduzir a mortalidade e morbidade materna e neonatal.
De acordo com a coordenadora do Grupo Distrital da Rede Cegonha e gerente de serviços de enfermagem obstétrica e neonatal da SES-DF, Gabrielle Medeiros, a medida é importante para prevenir a piora do estado de saúde de mulheres grávidas. “A implementação de protocolos que possam instrumentalizar os profissionais que atuam nos Centros Obstétricos ou Alojamento Conjunto da SES-DF permite a identificação do agravamento clínico materno, sendo possível a intervenção precoce e melhora dos desfechos maternos e perinatais”.
Organizado pela Gerência de Serviços de Enfermagem Obstétrica e Neonatal e pelo Grupo Condutor Distrital da Rede Cegonha, o evento foi realizado no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs).
O protocolo
Normatizado pela Portaria nº 488/2023, o protocolo passou a ser implementado nas equipes de enfermagem dos serviços obstétricos da SES-DF. O objetivo é padronizar os procedimentos nestes serviços, garantindo que as pacientes recebam um atendimento mais seguro e eficiente, independentemente da unidade onde estão sendo atendidas.
Para isso, o protocolo trouxe uma adaptação da ferramenta de escala de observação modificada para maternidade, conhecida como MEOWS (Modified Early Obstetric Warning Score). Essa escala permite o monitoramento contínuo das pacientes por meio de indicadores como frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura, saturação de oxigênio e outros sinais vitais. A MEOWS ajuda a identificar precocemente qualquer alteração clínica que possa indicar uma deterioração da saúde da gestante ou parturiente.
“Ao aplicar essa escala na paciente, conseguimos prevenir, por exemplo, a hemorragia pós-parto, infecção puerperal e alterações cardiovasculares, como a pressão alta, que são os três maiores problemas na saúde materna”, explica a enfermeira obstetra da SES-DF Lissandra Martins.
*Com informações da SES-DF