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Hospital de Base do DF se consolida como referência nacional em atendimento de alta complexidade

Desde os 4 anos de idade, Rafael de Souza Lima cruza cerca de 2.300 quilômetros entre Rio Branco (AC) e o Distrito Federal para tratar uma epispádia completa, malformação congênita que afeta a bexiga e a uretra. Hoje, aos 25 anos, ele já passou por 11 cirurgias no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), unidade de referência em urologia, para onde foi encaminhado ainda na infância.

Devido à complexidade do caso, Rafael precisa permanecer internado no HBDF por longos períodos, pelo menos uma vez ao ano. As passagens aéreas são custeadas pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD), benefício do Sistema Único de Saúde (SUS) que garante o deslocamento de pacientes quando não há oferta do tratamento no local de origem.

Há mais de 20 anos, Rafael de Souza Lima vem do Acre para o DF em busca de atendimento médico de excelência | Fotos:Divulgação/IgesDF

“Eu me sinto muito lisonjeado de poder estar aqui, principalmente porque tem muita gente que queria ter esse tratamento e não tem. A urologia do meu estado não é boa, por isso que venho para cá, onde é bem melhor. Não tem nem comparação”, afirma. Rafael conta que a área de internação do hospital já é a segunda casa dele e que pretende voltar à unidade como profissional após concluir o curso de técnico em enfermagem.

Entre janeiro e 15 de dezembro de 2025, o Hospital de Base, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (IgesDF), realizou 662.111 atendimentos. Desse total, quase 95 mil (14,28%), correspondem a pacientes de outros estados, consolidando o HBDF como referência nacional em qualidade, eficiência e alta complexidade assistencial.

 

Considerando apenas os atendimentos a pacientes de fora do DF, a maioria foi de moradores de Goiás, com 76.669 (81%) registros, mas outros estados também apresentaram participação relevante. Minas Gerais ficou em segundo lugar, com 5.137 atendimentos (5,5%), seguido da Bahia, com 1.567 (1,65%), e de São Paulo, com 752 (0,8%). Em 4.298 atendimentos (4,5%), o estado de origem do paciente não foi registrado.

Arte: IgesDF

Mais da metade dos atendimentos a pacientes de outros estados foi ambulatorial. Um desses casos é o de Honoria Souza, de 32 anos, moradora de Canápolis, no interior da Bahia, diagnosticada com câncer de mama em 2022. Inicialmente, ela buscou atendimento no Hospital Regional de Ceilândia, cidade onde reside um familiar, e posteriormente foi encaminhada para a oncologia do Hospital de Base.

“Eu me sinto vitoriosa por ter essa chance e por poder estar aqui, em um hospital de referência. É puxado ter que vir para cá de 21 em 21 dias para as medicações, mas sei que é algo que eu preciso. O tratamento está me ajudando bastante”, relata.

Para o diretor de Atenção à Saúde do IgesDF, Edson Gonçalves, a procura de pacientes de outros estados reflete a credibilidade e a excelência do atendimento prestado pela unidade. “O Hospital de Base conta com profissionais de referência em diversas especialidades, o que faz de Brasília um importante polo de saúde para todo o Brasil”, destaca.

*Com informações do IgesDF

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