Os índices de cobertura vacinal em crianças de até um ano de idade no Distrito Federal foram os maiores dos últimos três anos. Até agosto de 2024, as doses de BCG – protege contra as formas graves da tuberculose, inclusive a meningite tuberculosa -, hepatite B ao nascer, meningo C (meningite e meningococcemia) e a primeira da tríplice viral alcançaram 100% de cobertura. Comparado a 2023, também houve um aumento no percentual de outros imunizantes como rotavírus, poliomielite e febre amarela.
O acesso ampliado a vacinas é, segundo a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, uma importante ferramenta para o bem-estar da sociedade. “A imunização é uma das estratégias mais eficazes de proteção da saúde pública, prevenindo doenças, controlando surtos e salvando vidas. Elas evitam hospitalizações, óbitos e que enfermidades já erradicadas retornem ao nosso território”, lembra.
Ações fora das salas de vacina e busca ativa por parte dos profissionais de saúde também mostraram resultados. De janeiro ao início de dezembro deste ano, foram aplicadas mais de 2,2 milhões de doses de rotina, especiais e de campanhas para todas as faixas etárias, como covid-19 e gripe (influenza). São esses servidores que orientam as famílias sobre esquemas vacinais e promovem o amparo coletivo, especialmente em escolas públicas e unidades básicas de saúde (UBSs).
“Mas ainda não chegamos lá [em todas as metas]. Precisamos que os responsáveis compareçam, levem os filhos e o cartão de vacina. Para várias dessas doses, falta muito pouco alcançar os índices” Tereza Luíza Pereira, gerente da Rede de Frio da SES-DF
“Na linha de frente da prevenção, os trabalhadores da Atenção Primária do DF transformam cada dose de vacina em proteção, cuidado e esperança para toda a comunidade”, aponta a coordenadora de Atenção Primária à Saúde (Coaps), da Secretaria de Saúde (SES-DF), Sandra Araújo de França.
Busca ativa
Um dos principais públicos da busca feita pelos profissionais da pasta são crianças e adolescentes. O Programa Saúde na Escola (PSE), do Ministério da Saúde (MS), por exemplo, promove o bem-estar no ambiente educacional. Por meio de uma parceria entre a SES-DF e a Secretaria de Educação (SEEDF), estudantes recebem informações e têm acesso facilitado aos imunizantes. Neste ano, foram mais de 58 mil doses aplicadas em cerca de 500 ações nas escolas públicas da capital.
Os servidores não pararam por aí. Entre julho e agosto de 2024, as equipes de saúde tocaram as campainhas de 4,7 mil imóveis espalhados por todo o DF. O objetivo era conferir os esquemas de vacinação das crianças e, se fosse o caso, realizar a aplicação da dose ali mesmo. Na bolsa térmica que carregavam, os principais imunizantes do calendário de rotina; por exemplo: contra a poliomielite e o sarampo.

A tecnologia foi também uma aliada da vacinação com o envio de mensagens de WhatsApp sobre doses atrasadas do público infantojuvenil. Iniciado em julho deste ano, o projeto, contudo, não manda ou pede dados sigilosos; apenas informa e incentiva os responsáveis a levarem seus filhos aos pontos de imunização.
Segundo a gerente da Rede de Frio da SES-DF, Tereza Luíza Pereira, o engajamento da população e dos pais é fundamental para que a proteção coletiva funcione. “Se a pessoa não vê a doença, ela acha que não existe. Mas ainda não chegamos lá [em todas as metas]. Precisamos que os responsáveis compareçam, levem os filhos e o cartão de vacina. Para várias dessas doses, falta muito pouco alcançar os índices”, explica.
Vacinação extramuros
Ao longo deste ano, não bastassem as 151 salas de vacina, a SES-DF facilitou ainda mais o acesso aos imunizantes, levando doses a espaços de grande circulação. Foram mais de 300 ações em feiras, shoppings, mercados, parques, igrejas, zoológico, órgãos públicos e rodoviária. Somado às escolas e ao Carro da Vacina, como resultado em 2024, as equipes aplicaram 127 mil vacinas fora das UBSs.
Fonte: Agência Brasília