Um incêndio florestal de grandes proporções atingiu o Parque Nacional de Brasília no domingo, 15 de setembro, gerando uma intensa fumaça que se espalhou por várias regiões do Distrito Federal. O fogo começou na Granja do Torto e rapidamente se alastrou, destruindo cerca de 1,2 mil hectares de Cerrado. As autoridades suspeitam de que o incêndio tenha sido criminoso, pois não há indícios de causas naturais para o início das chamas, sendo esse um período proibitivo para o uso de fogo na região. A Polícia Federal já abriu um inquérito para investigar a origem do incêndio, que está sob apuração.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, utilizou suas redes sociais para informar que dois bombeiros militares ficaram feridos durante a operação de combate, mas felizmente, os ferimentos foram leves. Mais de 80 profissionais, incluindo brigadistas do ICMBio e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), estão envolvidos na ação de controle das chamas, que utilizou aeronaves e drones para apoiar o trabalho em terra. O Parque Nacional permanecerá fechado até que a situação seja totalmente controlada.
A seca extrema, que já dura 146 dias, é a terceira pior da história de Brasília, contribuindo para a rápida propagação do fogo. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que as condições de calor e baixa umidade persistirão ao longo da semana, aumentando o risco de novos incêndios. As autoridades reforçam o apelo à população para colaborar, evitando práticas como o descarte irregular de materiais e queimadas, além de seguirem as orientações para prevenir doenças respiratórias, que tendem a se agravar devido à má qualidade do ar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobrevoou a área afetada e destacou, em redes sociais, o compromisso do governo federal em atuar no combate ao incêndio. Ele informou que se reunirá com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e outros membros do governo para discutir novas ações para enfrentar essa crise ambiental, que afeta diferentes biomas do país.