A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) realizou, na quinta-feira (21/11), em Brasília, o evento “Formações em Práticas da Medicina Tradicional Chinesa no SUS”, com o objetivo de mostrar os resultados das formações em auriculoterapia, voltadas para profissionais da saúde, e de acupuntura, destinadas aos médicos da atenção primária à saúde (APS). A iniciativa reafirma o compromisso da atual gestão do Ministério da Saúde com a capacitação profissional, a ampliação do acesso e a valorização das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) no sistema público de saúde.
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC), com suas diversas abordagens terapêuticas, como acupuntura, auriculoterapia e ventosaterapia, tem conquistado cada vez mais espaço no Sistema Único de Saúde (SUS) . A integração dessas práticas no sistema público de saúde é viabilizada por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS , que busca ampliar o acesso da população a essas terapias. Uma das principais parceiras nessa jornada é a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), cuja colaboração tem sido essencial para a capacitação de profissionais de saúde e a implementação dessas práticas no SUS.
“Esta estratégia formou profissionais de saúde do SUS em quase 50% dos municípios brasileiros, em todas as regiões do país. Com isso, ampliamos a oferta dessas práticas de cuidado para a população”, afirmou o assessor técnico do Núcleo Técnico de Gestão da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, Daniel Miele Amado.
Atualmente, 20 mil profissionais da atenção primária no Brasil já foram capacitados em auriculoterapia, sendo 5 mil profissionais formados apenas no ano de 2024. No curso de acupuntura para médicos da APS, 628 profissionais já se formaram, sendo 213 somente neste ano. A programação ainda contou com o lançamento de 15 Protocolos de Auriculoterapia, que são recomendações baseadas em evidências científicas, para condições clínicas comuns na APS.
Essas recomendações complementam o material didático do curso de auriculoterapia, oferecido a profissionais de nível superior da APS em todo o Brasil, produzido pela UFSC com apoio financeiro do Ministério da Saúde. Os protocolos apresentam conjuntos de pontos auriculares, amplamente investigados e validados em ensaios clínicos, que são voltados para problemas de alta prevalência na APS. Além disso, foi apresentado o curso de ventosaterapia para profissionais de saúde da APS, que está sendo elaborado pela universidade parceira.
“A colaboração entre o Ministério e a universidade reflete um modelo de integração eficiente que fortalece o sistema de saúde e beneficia diretamente os usuários dos serviços de saúde do SUS, reforçando o comprometimento com as evidências científicas e com a formação de qualidade”, reforça Daniel.
Fonte: Ministério da Saúde