As capivaras, vistas pelos brasilienses em parques e áreas próximas ao Lago Paranoá, serão acompanhadas de perto, entre 2025 e 2027, por pesquisadores e estudantes do grupo Capivaras DF. A equipe do projeto tem estudado as capivaras moradoras do Distrito Federal, em busca de conhecimentos sobre o comportamento da espécie e os impactos na saúde pública e na conservação da fauna.
Coordenado pela bióloga e professora Morgana Bruno, o Capivaras DF pretende acompanhar as populações de capivaras em áreas estratégicas, como a orla do Lago Paranoá, o Parque Ecológico de Águas Claras e o Zoológico de Brasília. O monitoramento mensal das capivaras inclui atividades como a contagem de indivíduos e o registro do perfil populacional para avaliar a dinâmica desses grupos ao longo do tempo.
O estudo foi solicitado pelo Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) e com a Universidade Católica de Brasília, diante da necessidade de entender melhor a presença das capivaras em áreas urbanas e os conflitos decorrentes da convivência com os seres humanos.
“Queremos saber se as populações de capivaras estão crescendo ou diminuindo, se migram entre diferentes áreas e se representam risco de transmissão de doenças, como a febre maculosa. Essa resposta é fundamental para orientar ações de prevenção, saúde pública e cuidado com a fauna”, explica a pesquisadora.
Animais de vida livre
Para o diretor-presidente do Zoológico, Wallison Couto, essa pesquisa reforça o compromisso da instituição em unir conservação, ciência e educação. “Ao compreender melhor o comportamento e a saúde desses animais, conseguimos não apenas cuidar dos animais, mas também contribuir para estratégias de preservação de animais de vida livre”, comentou.
Para Morgana, os resultados do projeto terão impacto direto no bem-estar coletivo e na proteção do meio ambiente. “Acompanhar de perto um animal silvestre que vive tão próximo do ser humano é uma forma de medir a saúde do ambiente e como isso pode refletir no bem-estar coletivo”, pontua.
Fonte: Agência Brasília