As mudanças climáticas são especialmente preocupantes devido aos impactos severos que podem causar, incluindo a destruição da infraestrutura urbana e a instabilidade financeira derivada dos efeitos na agricultura. Cristina Reis, subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, destaca a necessidade urgente de esforços globais para mitigar esses riscos climáticos e promover desenvolvimento econômico sustentável e socialmente justo.
Durante reuniões do mês de junho, os Grupos de Trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática, Transição Energética, Bioeconomia, Agricultura e Desenvolvimento discutiram estratégias para enfrentar esses desafios. Em Manaus, no encontro do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática, iniciou-se a aprovação de um roteiro sobre gestão de resíduos e economia circular, com inclusão da perspectiva de gênero e das populações indígenas na formulação de políticas ambientais.
O Ministério das Mulheres, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), iniciou uma pesquisa pioneira sobre o perfil das catadoras de material reciclável no Brasil, uma ocupação dominada por mulheres, visando fortalecer esse setor fundamental na gestão de resíduos.
Além disso, o G20 está discutindo a criação de um fundo global para financiamento da conservação de florestas tropicais, que poderia incentivar práticas sustentáveis através do pagamento por serviços ecossistêmicos (PSE). No Brasil, iniciativas como o Bolsa Verde já beneficiam milhares de famílias que se comprometem com a conservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais.
O Grupo de Trabalho de Transição Energética, reunido em Belo Horizonte, enfatizou a importância do financiamento para iniciativas sustentáveis, o acesso universal à energia limpa e a inovação em biocombustíveis, comprometendo-se com a igualdade de gênero e a inclusão de comunidades marginalizadas e indígenas.
Em Salvador, o GT de Desenvolvimento reafirmou o compromisso com a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, focando no ODS 18 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável), e destacou a importância de políticas inclusivas para mulheres, negros, pessoas com deficiência, crianças e pessoas em situação de rua.
No GT de Agricultura, em Brasília, discutiu-se a importância da pesca sustentável e da adaptação às mudanças climáticas como estratégias de desenvolvimento econômico, ressaltando o papel significativo das mulheres tanto na pesca quanto na agricultura em várias partes do mundo.
Em junho, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) divulgou detalhes sobre o comércio global intensivo e interdependente entre os membros do G20, sob a presidência brasileira.
O “Especial G20” revela que os principais produtos comercializados incluem veículos automotivos, eletrônicos, maquinaria industrial, cereais, carne, frutas, petróleo, gás natural, minérios e metais. No entanto, uma pesquisa de 2019 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostrou a baixa representação de mulheres no comércio exterior, especialmente em cargos de liderança, destacando a necessidade de maior inclusão feminina no setor.
Para abordar essa questão, representantes do GT de Empoderamento de Mulheres participarão da reunião do GT de Comércio e Investimentos no Rio de Janeiro, apresentando os resultados da pesquisa “Mulheres no Comércio Internacional”. Acompanhe as redes sociais do Ministério das Mulheres para mais informações sobre essa agenda.
Com informações da Agência Gov