BrasilChikungunya ainda preocupa Brasil mais de dez anos após primeiros casos

Chikungunya ainda preocupa Brasil mais de dez anos após primeiros casos

Mais de uma década após os primeiros registros no país, a chikungunya continua sendo um desafio para o Brasil. O alerta foi feito pela reumatologista Viviane Machicado Cavalcante, presidente da Sociedade Baiana de Reumatologia (Sobare), durante o Congresso Nacional de Reumatologia, em Salvador.

Segundo a médica, o principal problema segue sendo o controle do mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus, agravado pela falta de saneamento básico e pela carência de ambulatórios especializados na rede pública.

Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) apontam que, até 9 de agosto de 2025, foram registrados 212 mil casos suspeitos e 110 mortes nas Américas, sendo mais de 97% na América do Sul. O Brasil responde por 121,8 mil casos e 113 mortes até 17 de setembro.

Viviane lembrou que o Nordeste foi o epicentro inicial da doença e que já ocorreram sete grandes ondas epidêmicas no país. Estados como Minas Gerais e Mato Grosso do Sul tiveram forte impacto nos últimos anos.

Vacina sob revisão

Em abril, a Anvisa aprovou a primeira vacina contra a chikungunya, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Valneva, para pessoas acima de 18 anos. No entanto, em agosto, a FDA, nos Estados Unidos, suspendeu a licença do imunizante após relatos de efeitos adversos graves, incluindo hospitalizações e mortes. A medida pode levar a agência brasileira a reavaliar sua decisão.

A doença

Transmitida pelo mosquito Aedes, a chikungunya provoca febre alta, dores intensas nas articulações, manchas na pele, calafrios e fadiga. Em casos graves, pode causar dores articulares crônicas que persistem por anos. A prevenção depende do combate aos criadouros do mosquito.

Com informações da Agência Brasil

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