Uma iniciativa inovadora está transformando a realidade de estudantes, professores e fotógrafos voluntários em escolas públicas do Distrito Federal. O projeto Crespos & Cacheados – pretos, pardos e indígenas celebra a beleza negra e indígena através de ensaios fotográficos, promovendo a autoestima e a representatividade de jovens estudantes.
Nascido em 2012 no CEM 02 de Ceilândia, o projeto, idealizado pela professora de sociologia Regina Cotrim, tem como objetivo valorizar a diversidade e combater o racismo. A ideia surgiu após uma apresentação de estudantes africanos, que inspirou a professora a criar um espaço onde os alunos pudessem se sentir orgulhosos de suas origens e de suas características físicas.
Um ensaio fotográfico, uma transformação
Os ensaios fotográficos são realizados por profissionais e voluntários, que capturam a beleza única de cada estudante. As fotos, além de promover a autoestima, são utilizadas em exposições e materiais educativos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Laís Santos, uma das participantes do projeto, compartilha sua experiência: “Além das fotos, os professores conversam com a gente sobre a educação antirracista e o combate à discriminação. Sabemos dos nossos direitos e como nos posicionar diante de ofensas e atitudes racistas.”
Impacto e reconhecimento
O projeto Crespos & Cacheados já impactou a vida de centenas de estudantes, que se sentem mais confiantes e empoderados após participarem dos ensaios. A iniciativa também tem sido reconhecida por sua importância educativa e social.
Recentemente, o projeto foi um dos destaques na segunda edição do Prêmio Paulo Freire de Educação da Câmara Legislativa do DF, um reconhecimento importante para o trabalho desenvolvido pela professora Regina Cotrim e sua equipe.
Um legado para o futuro
O projeto Crespos & Cacheados é um exemplo inspirador de como a educação pode ser utilizada para promover a inclusão, a diversidade e a valorização da cultura afro-brasileira e indígena. Ao celebrar a beleza negra e indígena, o projeto contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
*Com informações da Agência Brasília